Sobre a entrevista de Dona Ruth, mãe de Marília Mendonça

20 de março de 2022 0 Por curacionemocional
Foto: reprodução portal Metrópoles

Neste fim de semana assisti à entrevista da Dona Ruth, mãe da Marília Mendonça, ao Léo Dias. Foi a primeira entrevista à imprensa desde a morte da cantora, há quatro meses. Ela falou da vida com e sem a Marília e o recomeço após o luto.

Foi emocionante assistir e ver a força dessa mulher do início ao fim da entrevista. É de se admirar sim, mas ao mesmo tempo fiquei pensando o quanto essa postura era a única alternativa que ela tinha. Durante a conversa, ela disse várias vezes que ia escondida no quarto da Marília chorar para o Leo não ver. Leo é o filho da Marília de dois anos que está sob guarda dela e do pai, o cantor Murilo Huff.

Ela também contou que o menino teve diabetes emocional e começou a ter medo de ficar sozinho. Se o pequeno já era dependente dela antes (ele sempre morou com a mãe e avó), imagina agora? E a Dona Ruth tem uma baita responsabilidade no colo e mais um motivo para se manter em pé, além do filho João Gustavo. É claro que a responsabilidade é compartilhada com o pai da criança, mas imagino que a convivência do Leo com a avó seja maior, já que eles moram juntos desde o começo e os pais sempre viajaram a trabalho para fazer shows.

Todo esse contexto torna tudo mais difícil para a Dona Ruth, que agora tem uma criança de dois anos para criar de maneira saudável – inclusive mentalmente. Aí é que mora o perigo. A dor vai ficando guardada, sufocando. Vira um disfarce, um choro escondido, uma emoção não processada. E é muito difícil seguir assim.

É muito importante que ela faça terapia e tenha um acompanhamento para conseguir lidar com o luto da melhor maneira e seguir em frente. Se você também está enfrentando o luto, procure um profissional especializado, seja um psicólogo ou psiquiatra, para enfrentar as cinco fases do luto:

  • 1 – negação
  • 2 – raiva
  • 3 – barganha ou negociação
  • 4 – depressão
  • 5 – autoaceitação

Cada pessoa tem o seu tempo de superar a morte e a sua maneira de enfrentar cada fase do luto. A morte, por si só, é um assunto que dá medo e costuma ser evitado, mas seria um pouco menos doloroso se a gente falasse abertamente sobre o tema e tentasse se preparar o mínimo possível para morrer. Parece pesado isso que vou falar, mas é burocrático morrer. Alguns preparativos prévios facilitaria a vida de quem fica, desde um seguro de vida até um arquivo com suas senhas, informações sobre o seu plano de saúde e outras burocracias.

Você já parou para pensar sobre isso? Já leu algo sobre a morte? Indico o livro “A Morte é um Dia que Vale a Pena Viver“, da médica Ana Cláudia Quintana Arantes.

Para finalizar, recomendo que você procure a terapia caso esteja enfrentando um processo de luto. Atualmente, existem vários sites de terapia online confiáveis e com um preço acessível, como o Zenklub. Aqui nesta resenha você tem mais detalhes.

Abaixo deixo os vídeos da entrevista da Dona Ruth para o jornalista Leo Dias, do portal Metrópoles.